Prepare-se! As novas tarifas dos EUA sobre o aço e o alumínio prometem agitar o mercado global. Entenda o que está por vir e como isso pode impactar o Brasil e o mundo!
ÍNDICE
- Impacto das Tarifas dos EUA no Comércio Global de Aço e Alumínio
- Por Que os EUA Implementaram as Tarifas?
- A Relação Comercial entre Brasil e EUA
- O Aço Brasileiro e o Mercado Estadunidense
- O Alumínio Brasileiro e o Mercado Estadunidense
- Quais os Impactos das Tarifas?
- E Para os EUA?
Impacto das Tarifas dos EUA no Comércio Global de Aço e Alumínio
Uma nova era no comércio internacional está prestes a começar! Nesta semana, as tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre as importações de aço e alumínio entram em vigor, gerando ondas de choque em todo o mundo. O Brasil, um dos principais parceiros comerciais dos EUA, sentirá o impacto dessas medidas protecionistas. Prepare-se para entender as consequências e os desdobramentos dessa decisão que promete remodelar o cenário econômico global.
Por Que os EUA Implementaram as Tarifas?
A doutrina “America First”, resgatada da gestão de Donald Trump (2017-2020), é o pano de fundo para essa nova política tarifária. As justificativas ecoam as queixas do setor produtivo americano, que alega concorrência desleal devido a políticas comerciais subsidiadas em outros países. A busca por reciprocidade tarifária e a tentativa de reduzir a influência da China no comércio global também são fatores cruciais. Além disso, há um componente geopolítico, com o objetivo de enfraquecer os BRICs, especialmente em relação à proposta de uma moeda alternativa ao dólar.
“Há uma busca por reciprocidade tarifária uma vez que há mais barreiras para produtos americanos no exterior do que as existentes na entrada de produtos importados para lá.”
A Relação Comercial entre Brasil e EUA
Apesar da China ter se tornado o principal parceiro comercial do Brasil em 2009, os Estados Unidos continuam sendo um mercado crucial, especialmente para produtos de maior valor agregado. Um estudo da Amcham revelou que o Brasil tem sido o principal destino de bens industrializados dos EUA nos últimos nove anos, com US$ 29,9 bilhões em 2023. Além disso, os EUA lideram nas compras de produtos brasileiros de alta tecnologia, como aeronaves e medicamentos. No entanto, entre 2014 e 2023, os EUA acumularam um superávit comercial de US$ 263,1 bilhões em bens e serviços com o Brasil.
O Aço Brasileiro e o Mercado Estadunidense
Nos últimos cinco anos, os Estados Unidos mantiveram um superávit comercial médio de US$ 6 bilhões com o Brasil. Especificamente no comércio de aço, carvão e máquinas, a corrente de comércio entre os dois países é de US$ 7,6 bilhões, com um superávit de US$ 3 bilhões para os EUA. Em 2018, tarifas de 25% já haviam sido impostas, mas foram negociadas cotas de exportação. Em 2024, os EUA importaram 5,6 milhões de toneladas de placas de aço, sendo 3,4 milhões de toneladas provenientes do Brasil.
O Alumínio Brasileiro e o Mercado Estadunidense
A dependência dos EUA do alumínio brasileiro é menor em comparação com o aço, já que o Canadá é o principal fornecedor. No entanto, os EUA representam 16,8% das exportações brasileiras de alumínio, totalizando US$ 267 milhões em 2024. Em termos de volume, 13,5% das exportações brasileiras de produtos de alumínio (72,4 mil toneladas) foram destinadas aos EUA, sendo chapas e folhas de alumínio o principal produto.
Quais os Impactos das Tarifas?
A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) expressou preocupação com os impactos na balança comercial e com os efeitos indiretos do aumento da exposição do Brasil à concorrência desleal. Produtos de outros países que perderem acesso ao mercado americano podem buscar novos destinos, saturando o mercado interno brasileiro e gerando concorrência desleal. Além disso, as tarifas podem elevar os preços regionais e modificar os fluxos comerciais tradicionais. O Instituto Aço Brasil também alertou sobre o aumento expressivo das importações de países com concorrência predatória, como a China, e solicitou medidas de defesa comercial ao governo brasileiro.
E Para os EUA?
Embora se espere um impacto positivo para os produtores de aço e alumínio dos EUA, os preços mais altos podem afetar negativamente diversas indústrias e os consumidores americanos. A diminuição da concorrência também pode reduzir a motivação para manter os preços baixos. O Deutsche Bank estima que as tarifas, somadas às tarifas recíprocas, podem aumentar o índice de preços de gastos de consumo pessoal (PCE) em 0,4 ponto percentual.
Em resumo, as tarifas dos EUA sobre o aço e o alumínio representam um ponto de inflexão no comércio global, com potenciais impactos significativos para o Brasil e para a economia mundial. Resta acompanhar de perto os próximos capítulos dessa história.
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