O estresse crônico pode ser mais perigoso do que imaginamos, especialmente para as mulheres. Um estudo recente revela uma ligação surpreendente entre o estresse e o risco de acidente vascular cerebral (AVC). Prepare-se para descobrir como o estresse impacta a saúde cerebral feminina e o que podemos fazer para nos protegermos.
ÍNDICE
- A Surpreendente Ligação entre Estresse e AVC em Mulheres
- Detalhes do Estudo: Como o Estresse Foi Avaliado
- Principais Descobertas: A Relação entre Níveis de Estresse e Risco de AVC
- A Visão da Especialista: O Que Significa Essa Descoberta?
- Prevenção e Tratamento: Como Reduzir o Risco de AVC
A Surpreendente Ligação entre Estresse e AVC em Mulheres
Você sabia que o estresse crônico pode aumentar o risco de AVC em mulheres? Um novo estudo publicado na revista Neurology da Academia Americana de Neurologia revelou uma descoberta alarmante: mulheres que vivem sob estresse moderado têm um risco significativamente maior de sofrer um acidente vascular cerebral. Vamos mergulhar nos detalhes dessa pesquisa e entender o que isso significa para a saúde feminina.
Detalhes do Estudo: Como o Estresse Foi Avaliado
A pesquisa, conduzida pelo Hospital Universitário de Helsinque na Finlândia e pelo Instituto Karolinska na Suécia, analisou a relação entre o estresse prolongado e a ocorrência de AVC isquêmico, o tipo mais comum de AVC. Os pesquisadores avaliaram 426 pacientes entre 18 e 49 anos que sofreram um AVC sem causa aparente e os compararam com um grupo controle de 426 pessoas da mesma faixa etária que não tiveram derrame. Todos os participantes responderam a questionários detalhados sobre seus níveis de estresse no mês anterior ao evento.
Principais Descobertas: A Relação entre Níveis de Estresse e Risco de AVC
Os resultados do estudo revelaram que mulheres com estresse moderado apresentaram um risco 78% maior de sofrer AVC em comparação com aquelas com níveis baixos de estresse. Curiosamente, o estresse alto não apresentou o mesmo aumento significativo no risco, levantando questões sobre os mecanismos biológicos envolvidos. Entre as mulheres que sofreram AVC, 46% relataram níveis moderados ou altos de estresse, enquanto no grupo controle esse número foi de 33%. A correlação entre estresse e AVC permaneceu significativa mesmo após ajustes para fatores como pressão alta, tabagismo e consumo de álcool. É importante notar que os pesquisadores não encontraram uma ligação entre estresse e derrame em participantes do sexo masculino.
A Visão da Especialista: O Que Significa Essa Descoberta?
De acordo com a médica fisiatra Prof. Dra. Matilde Sposito, especialista em reabilitação neurológica, os dados reforçam a necessidade de estratégias eficazes de controle do estresse.
“Apesar das descobertas, o estudo não prova que o estresse causa derrame, mas sim apenas mostra uma associação. Mesmo assim, o estresse prolongado ativa mecanismos inflamatórios no corpo, aumentando a pressão arterial. Isso pode comprometer a circulação e elevar o risco de AVC.”
O pesquisador Nicolas Martinez-Majander enfatizou a necessidade de mais pesquisas para entender por que mulheres que se sentem estressadas, mas não homens, podem ter um risco maior de derrame, e por que o risco de derrame em mulheres foi maior para estresse moderado do que para alto estresse.
Prevenção e Tratamento: Como Reduzir o Risco de AVC
A Prof. Dra. Matilde Sposito ressalta que a incidência de AVC é mais comum em pacientes que não se atentam para o “tripé fatal”: alto nível de estresse, má alimentação e sedentarismo. Manter a saúde em dia, fazer exames regulares e adotar hábitos saudáveis de vida com exercícios físicos são primordiais para a longevidade, especialmente para aqueles com predisposição genética.
O tratamento para pacientes que sofreram AVC pode incluir acupuntura, fisioterapia, hidroterapia, RPG, pilates e cinesioterapia, além de bloqueios neuroquímicos com toxina botulínica para tratar sequelas como a espasticidade.
As descobertas deste estudo servem como um alerta para a importância de cuidarmos da nossa saúde mental e física, especialmente as mulheres, que parecem ser mais vulneráveis aos efeitos nocivos do estresse no que diz respeito ao risco de AVC.
Gostou deste artigo? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo e ajude a espalhar essa informação importante para seus amigos e familiares!