Atenção redobrada! Com o aumento dos casos de dengue e febre amarela, surge um alerta sobre os impactos dessas doenças no fígado. Descubra como essas arboviroses afetam esse órgão vital e quais os sinais de alerta que você precisa conhecer.
ÍNDICE
- Dengue e Febre Amarela: Um Impacto no Fígado
- Como a Dengue Afeta o Fígado
- Febre Amarela: Uma Ameaça Direta ao Fígado
- TGO e TGP: Os Indicadores de Alerta
- Recuperação e Riscos: Dengue vs. Febre Amarela
- Transplante de Fígado: Uma Opção em Casos Extremos?
- Sintomas e Sinais de Alarme: Dengue e Febre Amarela
Dengue e Febre Amarela: Um Impacto no Fígado
O aumento alarmante nos casos de dengue e febre amarela acende um sinal de alerta sobre um órgão vital frequentemente afetado por essas doenças: o fígado. Entenda como essas arboviroses podem levar a quadros de hepatite e, em casos mais graves, até a falência hepática fulminante.
Como a Dengue Afeta o Fígado
Na dengue, o acometimento do fígado varia em gravidade. Segundo Marcelo Neubauer, infectologista e professor da PUC-Campinas, geralmente é leve, mas pode evoluir para a forma grave, inclusive contribuindo para a forma hemorrágica da doença devido à lesão nos fatores de coagulação produzidos pelo fígado. Felizmente, a hepatite causada pela dengue, na maioria das vezes, não deixa sequelas.
“Na dengue, o fígado é acometido em níveis de gravidade maior ou menor. Geralmente é leve e sem importância clínica a não ser que a doença tenha evoluído para a forma grave.” – Marcelo Neubauer, infectologista.
Marcio Almeida, coordenador de Hepatologia da Rede D’Or São Paulo, explica que a ativação do sistema imune no combate ao vírus da dengue pode afetar o fígado. A falta de oxigênio no órgão, devido ao extravasamento de líquidos e queda da pressão arterial, também contribui para o problema.
Febre Amarela: Uma Ameaça Direta ao Fígado
Na febre amarela, a situação é mais crítica. O vírus ataca diretamente o fígado, replicando-se e destruindo as células hepáticas, o que pode levar a uma hepatite fulminante e, infelizmente, à morte.
TGO e TGP: Os Indicadores de Alerta
TGO (transaminase glutâmico oxalacética) e TGP (transaminase glutâmico pirúvica) são substâncias presentes nas células do fígado. Quando essas células são danificadas, as substâncias são liberadas na corrente sanguínea. Níveis elevados de TGO e TGP em exames de sangue indicam lesão hepática.
Neubauer explica: “Em uma pessoa saudável, espera-se que TGO e TGP estejam até 50 unidades. Na dengue, mesmo nas formas mais graves, pode chegar a 300-400. Já na febre amarela, pode atingir 5, 6, 7 mil.” Essa elevação drástica seguida de uma queda repentina pode indicar falência do fígado.
Recuperação e Riscos: Dengue vs. Febre Amarela
Na dengue, a recuperação da hepatite geralmente ocorre em algumas semanas. Na febre amarela, o risco de complicações é maior, com um índice de mortalidade que pode variar de 20% a 50% nos casos graves.
Transplante de Fígado: Uma Opção em Casos Extremos?
Em casos raros de febre amarela, o transplante de fígado pode ser considerado. No entanto, mesmo com o transplante, a presença do vírus no organismo pode comprometer o novo órgão.
“Tentamos fazer o transplante em alguns casos, mas na maioria deles o vírus, como ainda estava circulante, destruía o fígado transplantado.” – Marcio Almeida, hepatologista.
Sintomas e Sinais de Alarme: Dengue e Febre Amarela
Esteja atento aos sintomas da dengue: Febre alta de início repentino, prostração, mal-estar, manchas vermelhas no corpo, dores musculares, dores nas articulações, dor de cabeça e dor atrás dos olhos.
Os sinais de alarme para gravidade incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, hipotensão postural, letargia, irritabilidade, aumento do fígado e sangramento de mucosas.
Na febre amarela, os sintomas iniciais são febre súbita, calafrios, dor de cabeça intensa, dores musculares, náuseas e vômitos. O agravamento pode levar a febre alta, hemorragia, pele e olhos amarelados (icterícia), choque e insuficiência de múltiplos órgãos.
A conscientização sobre os impactos da dengue e da febre amarela no fígado é crucial para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, buscando minimizar os riscos e garantir uma recuperação mais rápida e eficaz.
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